Eu Li: Beijada por um Anjo (Kissed by an Angel)

Beijada por um anjo foi um livro que ganhei depois de estar participando de um Book Tour do Grintmess. Como todos já sabem, o livro faz parte de uma trilogia – dos anos 90 – mas que só foi lançado por aqui ano passado, devido a febre angelical....

Eu comecei a ler o livro, logo após terminar 'Disengagement Rig' e no inicio – quase até a pagina 100 – eu estava achando o livro... Bom. Quero dizer, a leitura estava correndo bem, mas eu só estava achando o livro normal, nada de espetacular ou que despertasse aquele friozinho que um livro 'sobrenatural' comumente desperta. A historia de Ivy e Tristan é narrada em terceira pessoa – e até ai tudo bem, eu tinha acabado de ler um livro assim – e a narrativa da Elizabeth é consistente, digo, eu estava me sentindo meio 'por fora' da situação, meio distante dos personagens... Estava achando até bom, mas não me senti próxima deles, com aquele carinho que nos deixa querendo pega-los e consolá-los (!)

Mas  com o desenvolver do enredo e o romance de Ivy e Tristan começando, eu fui gostando mais. Porém devo logo dizer a palavra que eu acho que descreve bem o livro: Piegas. É um romance bonito de se ver/ler mas não sei se me faltou coração romantismo para saber apreciá-lo melhor. Eu achei tudo muito melosinho, lindinho, perfeitinho... Muito inho... Talvez muita gente goste por isso, e outras desgostem pelo mesmo motivo. As vezes eu achava meio exagerado no 'fofurismo', mas depois do acidente de Tristan – o qual eu chorei (viu, eu sou sensível sim) – passei a gostar mais. Então, mesmo a principio eu tendo achado a historia 'superficial' – no sentido cru, de que não se aprofundava muito nos personagens/narrativa, depois que me acostumei, vi que essa é apenas a forma que a autora escreveu: piegas em algumas partes, frio em outras. 

Sobre os personagens, eu 'gostei' de todos em geral. A Ivy achei meio cabeça-dura, ela se acha muito dona da verdade 'façam o que eu digo, pois eu estou certa' – sabe?
O Tristan – apesar do romantismo que eu nunca imaginei num cara – é bacana. Ele só esta apaixonado e a gente sabe que as pessoas apaixonadas ficam meio bobas mesmo. Além disso ele tem um senso de humor melhor que o da Ivy então eu gostei mais dele que dela. Além disso, Tristan é o cara perfeitinho! O genro que toda mãe adoraria, essas coisas... Ele gosta de crianças, é instrutor de acampamento, é bom aluno - até em matemática! Além disso ele ensina Ivy a nadar - algo que ela sempre teve pavor - e eu acho isso uma fofura mega aceitável ;) Enfim, fui praticamente obrigada a gostar dele, mesmo com toda a breguice. Porque no fim, todo mundo gosta de um pouco de romantismo deslavado!

- Vou boiar a luz da lua também.
- À luz da lua! Você nadaria no escuro?
- Com você eu nadaria. Poderíamos nadar nus - entreolharam-se e, por um momento, não conseguiam desviar o olhar.
- É melhor eu não olhar pra você e dirigir ao mesmo tempo.
- Então pare de dirigir. - (...) Os casais se arrumavam para ir aos restaurantes e não para parar na estrada para namorar.

Mas a personagem que me cativou mais foi a Lacey, que só aparece lá pro final do livro. Ela é aquela parte cômica que estava faltando e eu gostei muito dela. 

- Ah, por-favor!

- Sabe, estou ficando bem cansado do seu sarcasmo.

- Eu também não curto muito a sua idiotice. Tristan você é bem ingênuo se....

Fora isso, eu gostei de como a Elizabeth desenvolveu a questão dos anjos – achei diferente/criativo/inesperado – mesmo que ela não tenha se aprofundado muito nisso, pois o livro termina de forma muito 'Crescendo' (entendeu?). É como se ela tivesse escrito o segundo livro junto – até porque ele começa exatamente de onde o primeiro parou – e então dividiu o texto em dois livros! Ela explica algumas coisas sobre vida e morte de uma forma que eu achei legal por ser diferente do que estamos acostumados (embora eu tenha gostado muito da visão dela porque esbarra em coisas que eu acredito).

Sobre o livro, ele é super pequeno! Ele só tem 247 páginas porque a forma que a editora trabalhou nele o deixou assim, mas se não fosse a diagramação, ele teria umas 50 páginas a menos, então é um livro muito fácil de ler – que você le numa tarde facilmente – eu só não li num dia porque não quis, mas certamente é possível. Além disso, a narrativa ajuda nesse ponto. O meu livro tem alguns erros de formatação bem chatos, que algumas vezes atrapalhou um pouco (como a questão dos travessões nos diálogos, pontos, erros de separação de falas e pensamentos), mas nada que atrapalhe a leitura do livro todo. Também achei a tradução muito boa (mesmo sem conhecer o original), as gírias, a forma que souberam deixar o que precisava na forma original, enfim, não me fez ter preferido ler no original (como as vezes pode acontecer)....

Eu com certeza quero ler os próximos livros, pois quero saber a continuação da melação do romance e principalmente o que realmente aconteceu, pois o fim do livro deixa tudo muito em aberto. Ahh, dica: se você  acha Crepúsculo brega/piegas/meloso, cuidado com Beijada por um Anjo!